Nós, Rogério Freitas e Angela Freitas, como pais do Yuri e autores deste blog, cujo o conteudo é de nossa inteira responsabilidade, queremos contar a trágica morte do nosso filho, em compania de dois colegas de serviço, ocorrida em Campos do Jordão, na fria manhã do dia 08 de julho de 2009, no começo da temporada de inverno , ao fim de um intenso e dedicado dia de trabalho como técnicos de luz e som, no pomposo “Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão”, organizado pela Editora Abril.
Ronei, (39), Yuri (25) e Renan (23), que eram amigos de trabalho, faleceram intoxicados por monóxido de carbono produzido por um aquecedor a gás, enquanto dormiam em um alojamento, dentro do Espaço Cultural Veja. Separados de berço, unidos na morte por força do destino e de uma desventurosa circunstância que estamos prestes a narrar.
Este fato envolve a Editora Abril, braço do mais influente grupo de comunicação da América Latina e as empresas pela Abril contratada a Basponto Eventos Produção e Publicidade Ltda ( BASE EVENTOS) e WDB Som Luz Video & Eventos Ltda .
O diagrama da estrutura do evento ilustra “ Quem é Quem ” :
Ronei, Yuri e Renan viajaram em 28 de junho de 2009 para Campos do Jordão para trabalhar na 7ª Edição do Evento da ABRIL no Espaço Cultural Veja SP Campos do Jordão . A WDB foi a empresa que os contratou e esta foi contratada pela Abril para a prestação dos serviços de Som e Luz no período de 28 junho a 03 de agosto de 2009.
Inegável que a morte de um filho e de um pai causa profunda tristeza, abala até mesmo a vontade de viver. Mas há algo ainda pior. Os depoimentos “elaborados” pelas testemunhas apresentadas pela Editora Abril, através dos seus prepostos – que contaram com o acompanhamento dos advogados dela – pretendem acoimar as vítimas da culpa pela própria sorte, por terem colocado o aquecedor no quarto – o que não é verdade!
No centro da tragédia, havia um perigosíssimo equipamento destinado a aquecer ambientes, de maneira a proporcionar conforto aos numerosos turistas, atraídos pela “programação intensa” de diversão e arte na temporada de Inverno em Campos do Jordão.
No mês de julho de 2009, mais uma vez a Editora Abril patrocinou o evento que denominou “Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão”. Para tanto, locou imensa área localizada na Rua Dr. Mário Ottoni Resende nº 173, na Vila Capivari, Campos de Jordão, para utilizá-la de 03/7 a 01/8/2009.
O “Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão”. tinha na cláusula 5 do respectivo contrato de locação estabelecida entre as partes as obrigações da locatária aquela inserida na sua alínea “g”: “arcar com despesas para obtenção de alvará de funcionamento junto ao órgão competente, como também da competente autorização do Corpo de Bombeiros, para a realização do Evento”
A fim de dar ênfase ao projeto, sublocou espaços, com denominações próprias, a empresas de expressão nacional. Dessa forma, integraram o “Espaço Cultural Veja” como um todo, o Espaço Cine Santander, o Espaço Decoração com a mostra dos arquitetos : Manuela Villas Boas, Adriana Toda, Marli Assis e Rose Chaves, Regina Adorno, Eliane Del Papa e Maria Cristina Anderáos, Robson Gonzales, Solange Marchezinni, Camila Giongo, Solange Catharino , Sofia Smaletz e Silvia Braweman, Paloma Cardoso, Sueli Montino, Doriana Moura Campos Laccy Silva, Marcia Nogueira e Camila Vaçentini, Ivone Dominguez, o Espaço Alpargatas, o Palco Chevrollet para Shows e Música e Teatro, o Espaço Dermacyd, dedicado às mulheres, o Espaço BM&Bovespa, além de estandes de carros de luxo, arborismo e paredes de escalada ( Timberland), bar e restaurante ( Cumbuca Espaço Gourmet ), Natura, Pom Pom, Topper,, tudo de acordo com o projeto de implantação e as cotas promocionadas através do Midia Kit da Veja
Para o Ano de 2010, isto é próximo mês de Julho , a Abril continua a sua negociação no mesmo local, já contando com a presença confirmada de importantes marcas, com segue :
Inicialmente, do dia 28 de junho a 1º de julho de 2009, Ronei, Yuri e Renan; estavam hospedadas na Pousada do Conde, localizada na Av. Vitor Godinho, nº. 440, Vila Capivari, que ficava fora, porém bem próximo, do Espaço Veja, que naqueles dias ainda estava sendo montado. Foram pagas quatro diárias num total de R$ 791,27, em confortável quarto guarnecido com aquecedor de ambientes no qual ficaram hospedados .
( Torpedo enviado pelo celular do Yuri ao celular de sua mãe .)
Foto. Torpedo que o Yuri Mandou no celular da mãe 28/jun/2009-18:31hs, (Mãe acabei de chegar aki na pousada, ta tudo certo bjaum se cuida).
O conforto teria prazo curto, todavia.
A transferência para outra “hospedaria” foi tratada em “e-mails” trocados entre Cibele, da WDB, e Rose, da Base Eventos. No dia 26 de junho de 2009, às 13:10, Cibele se dirige a Rose:
“Oi Rose, tudo bom? Você poderia por favor me passar o endereço e um contato de onde os nossos técnicos ficarão hospedados nesse período do evento Veja Campos ?”
A resposta de Rose, no mesmo dia, às 13:20, isto é, dez minutos mais tarde :
“Oi Cibele, eles ficarão hospedados no próprio espaço, Av. Dr. Mario Resende, 173, Capivari”
Razões nitidamente financeiras, que sugerem a redução dos custos, determinaram a transferência para o “alojamento”, existente dentro do Espaço Veja, cujas instalações davam conta do descuido com a segurança, com o conforto e com a saúde dos empregados, ali alojados. Tratava-se de uma edícula cujo acesso era estreitíssimo, que ficava bem atrás do suntuoso cinema, com 5 diminutos quartos, dentro uma área de 147 m2, em que se apertavam um mínimo de 3 pessoas por aposento. Diante da pobre estrutura, os empregados tiveram que trazer roupa de cama, cobertores e demais pertences indispensáveis às gélidas noites do inverno em Campos do Jordão.
Quando os parentes foram visitar o local, dias após os funerais, para que vissem o que para eles era o Gólgota, entre lágrimas e orações, puderam sentir um frio extremo. Mesmo ao meio dia, o termômetro marcava 12 graus. Havia uma única janela sem frestas, que permitissem a ventilação do aposento.
Um aquecedor a gás, que se encontrava sob a guarda da Abril, o tal aquecedor em laudo técnico elaborado pela Equipe de Perícias Criminalísticas de Taubaté, assim está ele descrito :
“O equipamento não apresentava nenhum dispositivo analisador do teor de oxigênio no ambiente, dispositivo esse que poderia cessar o abastecimento de gás quando da diminuição da concentração de oxigênio ambiente.”
E chega à mais assustadora revelação:
“A perícia não constatou a existência de qualquer marca aparente do equipamento, plaqueta de identificação ou origem do mesmo. Inexistia ainda qualquer tipo de advertência com relação ao seu uso, seja afixado em sua estrutura ou nas dependências ou imediações do imóvel. Cumpre-nos consignar que o referido equipamento é considerado de uso externo e em locais ventilados, o mesmo apresenta uma grande dissipação de calor, para tanto necessita de queima de oxigênio ambiente, porém, cumpre-nos inferir que nenhuma advertência com relação ao seu uso (externo ou interno) existia afixado em sua estrutura e tampouco nas imediação da residência examinada.”.
Eis aqui a conclusão do laudo:
“Dado o que foi possível observar junto ao local e peça examinada, aliado aos informes prestados pela Equipe do Corpo de Bombeiros e funcionários do local, podem os peritos inferir que a utilização indevida de um aquecedor de ambiente externo em uma área interna teria provocado a queima do oxigênio ambiente, produzindo um gás não respirável que teria provocado a morte dos ocupantes do dormitório. A existência de chama avermelhada junto ao queimador verificada pela funcionária, assim como o acionamento do interruptor de energia elétrica para acender a lâmpada do dormitório, não causando nenhum dano, aliado ao fato de ainda existir gás GLP no botijão quando dos exames, permitem aos peritos admitir a hipótese de não ter havido vazamento de gás no interior do dormitório. Cumpre-nos consignar ainda que a boa vedação dos vãos junto a porta e as esquadrias do dormitório aliada à ausência de advertências com relação ao uso do equipamento, seja no próprio equipamento quanto nas imediações do imóvel colaboraram para o evento uma vez que não havia troca de gases entre os ambientes.”
Basta observar as diversas fotos que eu, Rogério tirei, do festejado evento, do desfile de marcas caríssimas e do requinte de uma mostra de decoração, para evidenciar a grandiosidade do evento, manchado, no entanto, por descalabros como se verá.Acentue-se desde logo que tudo funcionou sem o necessário alvará de funcionamento, como prova certidão expedida pela Prefeitura de Campos do Jordão. Ademais, sequer o Corpo de Bombeiros foi chamado para exame prévio de todo o ambiente, aliás marcados por diversos fios espalhados pelo chão; da imprudente proximidade de pedaços de madeiras amontoados com papéis, extintores de incêndio, plásticos, lixo e materiais inflamáveis; de acessos apertados, em que mal passa o homem – que se dirá de um trambolho, chamado aquecedor a gás de botijão de 13 kg, com seus complementos, que se quisesse arrastar furtivamente (como insinuado pelos depoentes a favor da Abril ), por um acesso estreitíssimo até a edícula. Imagine-se o peso a transportar ! Esse canto que seguramente perde para um cortiço, foi chamado “Espaço Não Veja”, a terra dos empregados que ficava logo ali, atrás do suntuoso Cine Santander. Estamos falando da verdade cara-suja, não da maquiagem!
Pois bem, um aquecedor a gás GLP que mata três pessoas num desarranjado quarto é apenas o culminar de várias condutas imprudentes num mar de práticas arriscadas. Não é fato que deve ser visto isoladamente, mas apenas como a apoteose nesse teatro de riscos e horrores.
Atente-se para os perigosíssimos aquecedores, deixados à deriva, em diversos pontos do Espaço Veja, às dezenas, sem controle, sem amarras que o fixassem ao chão, impedindo que um doidivanas, já noite alta e longe dos olhares, o pusesse nas costas para levá-lo ao quarto (esse o argumento “construído” pela Abril )? Ora, o que está confinado na cabine desse equipamento é um botijão contendo 13 kg de GLP (gás liquefeito de petróleo), uma mistura de hidrocarbonetos líquidos (o propano e o butano comercial) de grande potencial tóxico e incontestável risco. Dada a possibilidade de vazamento, ou apagamento da chama, tais aquecedores, quando devidamente fabricados (o que não era o caso dos usados pela Editora Abril), possuem dispositivo de segurança que interrompe e emissão do gás letal. Aquele causador das mortes não o possuía, como afirmado no laudo assinado pela Equipe de Perícias Criminalísticas de Taubaté.
É importante ter em mente que o monóxido de carbono (CO) – expelido por aquele mortífero aquecedor a gás – faz 5.000 vítimas todos os anos na França, conforme informação do Ministério da Saúde francês, por nós levantada em nossas incansáveis pesquisas. Tão enorme risco e tão constante quadro de mortalidades fizeram com que o governo francês – por prudência e respeito à dignidade humana – editasse uma cartilha, com orientações e alertas, objetivando salvar vidas. E importantíssimo saber que esse gás incolor, inodoro e insípido, de densidade levemente mais baixa do que o ar, quando absorvido pelo pulmão, tem forte poder asfixiante, por reagir fácil e rapidamente com a hemoglobina, formando carboxiemoglobina (COHb), impedindo-a, assim, de transportar oxigênio aos tecidos, evoluindo assim para hipoxia: 0,1% de CO no ar mata em 1 hora; 1% de CO no ar mata em 15 minutos; 10% de CO no ar mata imediatamente ! Ante esse quadro, não deveria a Abril ter agido com as devidas cautelas ?
Ao tomar conhecimento da propaganda e da grandiosidade do local, com todos os estandes funcionando, jamais alguém poderia imaginar que a Abril negligenciara documentos essenciais à realização do “Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão”. Mas negligenciou ! Diz certidão expedida pela Prefeitura Municipal da Estância de Campos do Jordão, expedida em 21 de julho de 2009:
“CERTIFICO, para os devidos fins e efeitos, atendendo ao protocolo nº 10.408/2009, que consta nesta Secretaria sob protocolo nº 9331/2009 de 25/06/2009 um processo solicitando a aprovação para Construção de Estande Promocional Temporário denominado ESPAÇO CULTURAL VEJA, no imóvel localizado na Av. Dr. Mario Ottoni Rezende nº 173, Vila Capivari de propriedade do Sr. Alberto de Almeida Bernardino, o qual não possui Alvará de Licença, por estar aguardando a anuência do DEPRN. O referido é verdade e dou fé. SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE CAMPOS DO JORDÃO, aos 21 de julho de 2009” (segue assinatura do Sr. Benedito Regis Pinto, Secretário Municipal de Planejamento) .
Faltando apenas 5 dias para abertura do evento, a Abril requereu a expedição de alvará à Prefeitura. Vinte e seis dias após a entrada em funcionamento, a Prefeitura certifica que o alvará não havia sido ainda expedido, por estar pendente de manifestação do Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais ( DEPRN).
Ora, será que a Abril, realizando já pela sétima vez o tal evento, não sabia da demora na expedição desse alvará, uma vez que até órgão estadual deveria opinar, visto que a área locada está situada em APA (Área de Proteção Ambiental), declarada em lei ? Evidentemente, sabia. Mas assim mesmo deixou para a última hora o pedido oficial desse documento, o qual, afinal, não foi expedido!
Será que todos os PATROCINADORES sabiam da exposição ilegal de promoção de suas marcas a que estavam sendo expostos sem o Alvará de funcionamento ?
Imperdoável ! Essa providência administrativa (imprescindível para os fins legais) fora incluída no total do preço da cota vendida pela ré, inserida no pacote como de sua inteira responsabilidade. Segue exemplo:
Imperdoável! Mormente, levando-se em conta o elevadíssimo número de freqüentadores (A Abril no seu relatório de pós venda calculou em mais 159 mil pessoas o evento de 2009 ), fato corriqueiro nessas oportunidades é a distribuição que ela mesma fez de aquecedores a gás por toda a área.
Incontestável, que a falta de autorização municipal e de licença do corpo de bombeiros tornou a atividade ofensiva ao interesse público, inteiramente ilegal, portanto.
Eventos de tão grande importância exigem infra-estrutura bem montada, compreendendo instalações, equipamentos, montagens diversas, aparelhos e pessoal. Tudo deve funcionar com perfeição. Neste particular, o evento VEJA apresenta o lado NÃO VEJA, em razão da negligência verificada documentalmente nas instalações, equipamentos, na segurança, entre outros itens.
Até uma simples "barraca de Cachorro Quente" ou o " Pipoqueiro" NÃO EXERCEM suas atividades SEM ALVARÁ .
Até uma simples "barraca de Cachorro Quente" ou o " Pipoqueiro" NÃO EXERCEM suas atividades SEM ALVARÁ .
Foto. Este aviso estava na porta de um dos quartos do alojamento.O texto diz que excepcionalmente ficará mais um nesta sexta e se não tiver cama colocar colchão ( no chão frio, gélido....)
Esté é o Espaço Não Veja!
Estas fotos apresentadas demonstram com clareza a precariedade dos aquecedores utilizados no Espaço Cultural Veja Campos do Jordão a bagunça do lugar , a falta de estrutura e o improviso . Com efeito, em especial os aquecedores são peças dominadas pela ferrugem, perigosíssimas portanto e, por isso, imprestáveis .
Quanto às instalações, fotos demonstram sua precariedade. A edícula onde os rapazes vitimados pelo gás mortífero foram colocados ficava cercada de lixo e entulho. Nela diversos objetos, inclusive extintores -- será que funcionavam? - se encontram amontoados, revelando bagunça, não ordem. Fios elétricos se misturam ao lixo.
Que dizer de “boiler”, totalmente enferrujado ? Até uma velha geladeira foi utilizada como ponto de saída ou de chegada de fios elétricos, de forma condenável. Puro improviso ! Isso mesmo: o parque bonito, atrativo, pleno de atividades e de entretenimentos.
A edícula, suas instalações e equipamentos, em estado lastimável.
O que se via era da VEJA. O que os freqüentadores não viam, também da VEJA.
Certamente que vistoria prévia da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros teria servido de base para o indeferimento do alvará de funcionamento.
Mas, assim mesmo, ao arrepio da lei e da segurança geral, se desenrolou o espetáculo que, embora enlutado com a morte dos três jovens, no dia 8 de julho de 2009, prosseguiu festivo, vibrante, sem uma palavra sequer ou manifestação civilizada da VEJA, que preferiu ignorar o fato.
Foi de um de seus desgastados e sucateados aquecedores, já existente no quarto providenciado pelas Abril, Base Eventos e WDB , como provam a marca circular da ferrugem do botijão de gás, no carpete do quarto numero 6 onde ficaram hospedados– foto abaixo , que resultou a fatalidade.
No mesmo inquérito policial, o depoimento da Fabiane Maziero da Base Eventos, que os viu pela primeira vez no quarto – revela que ela, ao invés de prestar os primeiros-socorros às vítimas, com a imediata exposição das mesmas ao oxigênio exterior, por um simples abrir de portas e janelas, acompanhado de massagens cardíacas – providências que, seguramente, poderiam ter evitado o infortúnio –, preferiu deixar o recinto dos fatos para ir ao encontro do seu colega, Pérsio Riyoiti – também funcionário da Base Eventos – que, tendo entrado em cena, também pecou pela omissão de socorro, preocupando-se unicamente com a retirada do aquecedor do quarto, como que objetivando ocultar alguma prova, alguma falta que pudesse incriminar sua empresa empregadora. Estranho, muito estranho ! Nunca deve ser esquecido que os depoentes receberam treinamento e orientação de como agir em casos de emergência. Imperdoável que não tenham agido conforme as regras de primeira urgência.
Enquanto os Familiares choravam a trágica morte de seus entes queridos, a Abril se manteve e até hoje se mantém em indigno e revoltante silêncio. Noticiou o evento – para ela maravilhoso – mas nem uma palavra sobre o infausto acontecimento.
Por outro lado, após examinar o inquérito policial em Campos, percebemos que o depoimento das testemunhas em favor da Abril, com o objetivo de subtrair de seus ombros a responsabilidade pela morte dos três técnicos, ocorrida dentro do espaço de seu evento, são idênticos. Basta conferir que usam as mesmas palavras. Veja-se :
“Perguntado ao depoente, se percebeu ou tomou conhecimento de que as vítimas antes do acidente, utilizavam o aquecedor no quarto onde pernoitavam, respondeu que não, pois, tal prática, é proibida, sendo que o acidente ocorreu porque as vítimas aproveitaram o período da noite e, escondidos da segurança, levaram o equipamento ao quarto onde iriam dormir”.
Anote-se ainda que todos os depoimentos foram prestados no no mesmo dia, 21 de junho. Mais ainda, nenhuma delas viu os rapazes carregando o tal aquecedor a gás para o quarto.
“Perguntado ao depoente, se percebeu ou tomou conhecimento de que as vítimas antes do acidente, utilizavam o aquecedor no quarto onde pernoitavam, respondeu que não, pois, tal prática, é proibida, sendo que o acidente ocorreu porque as vítimas aproveitaram o período da noite e, escondidos da segurança, levaram o equipamento ao quarto onde iriam dormir”.
Anote-se ainda que todos os depoimentos foram prestados no no mesmo dia, 21 de junho. Mais ainda, nenhuma delas viu os rapazes carregando o tal aquecedor a gás para o quarto.
Enquanto os corpos eram levados ao pronto socorro, aproveitadores do movimento que se formou entraram no quarto dos rapazes (existente na edícula reservada aos funcionários) e lá furtaram bens diversos, como “lap tops”, ferramentas, cartões bancários e de crédito, documentos vários itens de trabalho segundo se vê da denuncia apresentada à Polícia de Campos do Jordão .
Perfeitamente admissível a hipótese de os furtos terem sido praticados com a clara intenção de alterar a cena do acidente, com o objetivo de ocultar provas relevantes para o deslinde do caso e a imputação dos responsáveis. Some-se a isso o fato que a WDB recolheu as roupas das vítimas, juntamente com outros pertences não furtados, para que as mesmas fossem totalmente lavadas e, posteriormente, entregues aos familiares, por ocasião de reunião ocorrida em sua sede em São Paulo, tempos depois do acontecido. Fato estranhíssimo! Qual a razão para lavar todas as roupas?
Deve ser observado que as empresas envolvidas tiveram tempo para pensar e agir segundo sua conveniência, pois demoraram para noticiar os óbitos aos familiares, o que fizeram apenas à noite, por volta das 19:30 do dia 08 de julho de 2009, aos pais de Yuri, depois de muito meditarem.
Nesta ocasião quando os pais de Yuri receberam a noticia a preocupação era qual seria o Cemitério para poder trasnportar o corpo do Yuri , que se encontrava disponível no IML de Taubaté , sómente aguardando esta instrução de forma que o Sr. Frade representante da WDB pudesse providenciar a remoção. A pergunta deles era onde tínhamos Jazigo para enterrar o Yuri ????
Foi assim a comunicação cruelmente direta e sem tempo para refletir sobre o horror que assolava as nossas vidas naquele momento. Em contrapartida, apressaram-se para fazer a comunicação do ocorrido na Delegacia de Polícia, dando sua versão dos fatos, bem como distribuir uma nota na Imprensa que já se encontava disponível na Internet e em alguns canais de comunicação , mas nós não tinhamos tido nenhuma informação até então .
Nunca será demais lembrar que tais bens foram furtados malgrado a existência de diversas câmeras de segurança espalhadas pela edícula. Quem poderia imaginar que um ser humano, ao invés de derramar lágrimas, pudesse passar por cima dos corpos, ainda estirados no chão, para saquear seus bens? Tão vergonhoso vilipêndio remete a mais nefasta página da história humana, o Holocausto. Depois de mortos em câmaras de gás, 6 milhões de judeus foram pilhados de seus pertences por seus assassinos anti-semitas.
Foto.Câmeras de segurança estavam espalhadas pelo alojamento, esta ficava em frente ao palco da Chevrollet com os carros expostos ao lado com vigilância e segurança 24 horas!
Quando as vítimas foram transferidas para o úmido e gélido quarto da edícula existente no Espaço Veja – não se perca de vista o rigor do inverno no mês de julho – já deram com aquele aquecedor. Talvez não tenham estranhado, visto haver uma marca no carpete, a evidenciar seu uso costumeiro naquele recinto. Aceitaram a transferência como algo normal.
Nas fotos, vêem-se Ronei, Yuri e Renan, três jovens alegres, a simplicidade do aposento e a chama assustadora que queimava. Fotos essas tiradas mesmo com a presença invasora do aquecedor, como obstáculo ao melhor ângulo. Fosse algo com o qual tivessem livre trato, certamente que teriam arrastado aquilo para algum canto.
É o que se costuma fazer, antes de qualquer fotografia. Mas não, ali está aquele horrendo aquecedor que não ousaram tocar. Estivesse ele no quarto por ação escusa e secreta deles mesmos, seguramente ficaria o aquecedor escondido para não aparecer na foto – o que seria prova de uma falta funcional atribuível a eles.
Isso porque, havendo câmeras em toda parte, não arriscariam ser flagrados com esse ato e perder o emprego por má conduta, pois não é razoável supor que agiriam contrariamente às regras, como funcionários subordinados que eram.
( as fotos a seguir mostram primeiramente o Ronei, depois o Renan e por último o Yuri no aposento )
Seus semblantes expressam naturalidade, tranqüilidade de quem age corretamente, pessoas muito esclarecidas que eram. Ademais, havia vigilância durante 24 horas e todos os seguranças estavam instruídos a não permitir que se tocassem nos objetos dispostos pela área do evento. Está claro que houve sujeição das vítimas às condições impostas pela Editora Abril e plena aceitação do precário alojamento em que foram hospedadas porque não queriam perder aquela oportunidade de trabalhar na charmosa Campos do Jordão.
Sem dúvida, em razão da credibilidade emprestada pelo nome “Editora Abril”, sempre associado à qualidade de vida, respeito à dignidade humana, seriedade e segurança, jamais poderiam supor que corriam enorme risco.
Assim, por capricho, o destino fotografou a antepenúltima noite daqueles rapazes ( dia 06 de julho de 2010). Na última noite, os três faleceram intoxicados por gases irrespiráveis, para pesadelo de seus familiares, deixando, no entanto, a prova incriminadora. Morreram, não resta dúvida, vítimas daquele perigoso aquecedor.
No centro dessa triste e dramática história havia uma coisa: o aquecedor. Uma máquina mal-engendrada, batida, enferrujada e letal: um botijão de gás embutido em uma cabine de latão, de cuja tampa saía uma chaminé coberta por um chapéu refletor do calor.
Essa máquina - acredite-se! - tem servido à Editora Abril, por várias temporadas, para aquecer de forma barata os charmosos ambientes do Espaço Veja. Ninguém poderia crer que tão rendoso empreendimento permitisse tal rusticidade, tal displicência, no emprego da mais barata estrutura como forma de maximizar o lucro.
Sim, é uma história de máximo ganho ao risco de tudo e de todos. E a falta de alvará municipal talvez seja a menor das ilegalidades.
Essa máquina - acredite-se! - tem servido à Editora Abril, por várias temporadas, para aquecer de forma barata os charmosos ambientes do Espaço Veja. Ninguém poderia crer que tão rendoso empreendimento permitisse tal rusticidade, tal displicência, no emprego da mais barata estrutura como forma de maximizar o lucro.
Sim, é uma história de máximo ganho ao risco de tudo e de todos. E a falta de alvará municipal talvez seja a menor das ilegalidades.
Natural que se alerte sobre médios riscos, como uma lombada, uma curva perigosa à esquerda, animais na pista e até mesmo pequenos, tais como “cuidado! tinta fresca!”, “cuidado! piso molhado!”, que possam tornar o risco evidente e sua ocorrência previsível. No caso dos aquecedores do Espaço Veja, nenhum alerta.
A esfera do risco teve seu limite temporal iniciado no momento em que a Abril colocou os aquecedores no seu evento, somados a uma gama de serviços oferecidos aos circunstantes (bystanders), como parte essencial à atratividade do negócio, pois visava dar conforto necessário aos turistas nas frias noites de inverno jordanense.
No centro dessa esfera, como eixo de vários riscos orquestrados sem alvará de funcionamento, estava a ocultação do próprio risco, que foi subtraído à atenção de todos: a inexistência de etiquetas contendo informações de uso e alertas de segurança. O pessimum periculum, quod opertum latet! (Ó terrível perigo que jaz oculto).
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Mesmo assim, a Editora Abril decidiu correr o risco, por ser altíssimo o lucro, visto que em seu entender, o faturamento com este evento estaria acima de R$ 12 milhões de reais!
Nesse ponto merecem referência as palavras do Vice-presidente de informações da Editora Abril, Mauro Calliari, sobre os eventos que a Veja organiza, em reportagem concedida ao site Portal da Comunicação, verbis:
“Cada segmento tem um responsável - estou falando pela Abril inteira. Para a execução, há vários modelos. Geralmente, isso é terceirizado. Talvez os maiores eventos nossos sejam os da Veja. Nas férias, juntamos 300 mil pessoas no litoral paulista no verão e 200 mil em Campos do Jordão no meio do ano, no espaço cultural da Veja São Paulo, com cinema, lazer, arte, brincadeiras, restaurantes. Cada espaço tem um patrocinador. É uma chance que a gente tem de nos aproximar do nosso leitor e uma chance que o anunciante tem de falar com ele. Foi tão certo isso que lançamos espaço da Veja Rio em Búzios. O que isso tem a ver com o fazer revista? Nada, mas tem tudo a ver com a missão daquela revista. No caso da Veja São Paulo, é a revista que mais entende dos paulistanos. Estamos indo atrás deles. É assim, e dá dinheiro.”
Mas quem é a Editora Abril? Trata-se do braço editorial do Grupo Abril. Este se apresenta como “um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América Latina, fornecendo informação, educação e entretenimento para praticamente todos os segmentos de público e atuando de forma integrada em várias mídias”, e lista entre seus valores a “excelência, integridade, pioneirismo e valorização das pessoas”. Aquela, a Editora, gaba-se de ter “um universo de 27,9 milhões de leitores e 4 milhões de assinaturas”!
Será que o Sr. Roberto Civita sabe em detalhes o que seus Diretores na Abril tem feito para conseguir os melhores resultados financeiros em seus balanços , utilizando-se de negociações e de prestadores de serviços que não se utilizam de BOAS PRÁTICAS de CONDUTA, bem como buscam negociar contratações pelo menor custo , mesmo em detrimento do risco à Vida , violando os princípios expressos na Missão, e valores da Abril ?
Será que o Sr. Roberto Civita sabe em detalhes o que seus Diretores na Abril tem feito para conseguir os melhores resultados financeiros em seus balanços , utilizando-se de negociações e de prestadores de serviços que não se utilizam de BOAS PRÁTICAS de CONDUTA, bem como buscam negociar contratações pelo menor custo , mesmo em detrimento do risco à Vida , violando os princípios expressos na Missão, e valores da Abril ?
Pois bem, ainda que diga advogar a “valorização das pessoas”, a Editora Abril feriu seus princípios. Não divulgou nota alguma sobre o Holocausto ocorrido durante a 7ª. Edição do Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão – acontecido em seu espaço. Pior, apressou-se em criar um quadro de total inocência frente à tragédia (daí os depoimentos reproduzidos por encomenda, que aliás geraram centenas de reportagens desonrosas aos familiares de Ronei, Yuri e Renan , visto que imputavam a eles a inteira responsabilidade pelo infortúnio).
Sequer enviou condolências aos parentes dos mortos, mesmo que insinceras, apenas para mitigar a dor. Nada! O silêncio exacerbou seu penar, ofendendo-os no âmbito moral, no íntimo, na dignidade, no valor que atribuíam à vida e ao nome de seus entes falecidos, cuja medida, agora sabem, representava coisa nenhuma e insignificante seu suor para a Editora Abril: ela, a defensora da “valorização das pessoas” e da “difusão de informação”, logo no dia seguinte ao acidente, deu continuidade ao seu espetáculo de inverno – com toda a dignidade, pompa e circunstância ! Enxovalhados, parentes das vítimas resta apenas protestar : a vida dos seus está acima de qualquer preço e merece respeito!
Pois bem, a Veja, que empresta o nome e a credibilidade ao evento Espaço Cultural Veja São Paulo Campos do Jordão, é a maior e a mais respeitada revista do Brasil (a terceira maior revista semanal de informação do mundo!), com 8.812.000 de leitores e uma tiragem de 1.220.695 de exemplares. Seu faturamento, em quatro semanas de circulação, chega à casa dos incríveis R$ 92.507.200,00 (noventa e dois milhões, quinhentos e sete mil, e duzentos reais). A cifra não provoca assombro, considerando-se que um anúncio publicado na 2ª. Capa e na página 3 custa R$ 632.600,00 (seiscentos e trinta e dois mil, e seiscentos reais) (perfil da Revista Veja /publicado no site da Abril ).
Todos os familiares de Ronei , Yuri e Renan, aturdidos pela morte de seus entes queridos, com a alma torturada e ânimo cansado, voltaram-se para o Poder Judiciário para invocar justiça e a proteção do direito.
No dia 26 de abril de 2010, em Campos do Jordão, entraram com a ação para reparação dos danos Morais e Materiais , contra a Editora Abril , a Base Eventos e a WDB.
Quem eram Ronei, Yuri e Renan :
RONEI tinha 39 anos de idade. Como contado por Elaine sua esposa, era o amor da sua vida, era seu protetor, companheiro dos sonhos que tinham em comum. Ele cultivava o laço familiar, apesar dos compromissos profissionais que tanto honrava. Para Elaine, sua morte implica – forçosamente – no descarte desse “projeto de vida”, para dar espaço a um novo, mais solitário, mais assustador e sem sentido. Multiplique-se ao infinito tanta dor, tanta falta, e será possível chegar perto do que sofre hoje sua filha adotiva. Basta ler sua carta para sentir o que lhe passa pelo coração. Morto está o marido, o pai e também um grande profissional, reconhecido por todos do seu meio, inclusive pela WDB para quem trabalhava desde 2005, escolhido entre vários técnicos para ser capa da revista Volkswagen, por ocasião do 25º. Salão do automóvel. Outrora em franca ascensão, sua promissora carreira fica inacabada. Sua mulher e filhas, totalmente desamparadas economicamente.
RONEI tinha 39 anos de idade. Como contado por Elaine sua esposa, era o amor da sua vida, era seu protetor, companheiro dos sonhos que tinham em comum. Ele cultivava o laço familiar, apesar dos compromissos profissionais que tanto honrava. Para Elaine, sua morte implica – forçosamente – no descarte desse “projeto de vida”, para dar espaço a um novo, mais solitário, mais assustador e sem sentido. Multiplique-se ao infinito tanta dor, tanta falta, e será possível chegar perto do que sofre hoje sua filha adotiva. Basta ler sua carta para sentir o que lhe passa pelo coração. Morto está o marido, o pai e também um grande profissional, reconhecido por todos do seu meio, inclusive pela WDB para quem trabalhava desde 2005, escolhido entre vários técnicos para ser capa da revista Volkswagen, por ocasião do 25º. Salão do automóvel. Outrora em franca ascensão, sua promissora carreira fica inacabada. Sua mulher e filhas, totalmente desamparadas economicamente.
YURI tinha apenas 25 anos, deixa saudades e uma profunda ferida nos nossos corações. Ninguém poderá refutar que a perda precoce de um filho, inverte o curso natural da vida, causa dor insuportável aos pais. Basta ver como parte deste blog nossas homenagens ao nosso filho, todo o carinho dado ao Yuri desde o nascimento ; o empenho em sua formação; cada momento fotografado, cada sucesso contabilizado; as alegrias vividas; o desejo e o sonho de ver o filho bem-sucedido em seus projetos profissionais e de vida; vê-lo constituir família e dar seguimento ao nome, com a geração dos netos. Yuri mantinha fortíssimo laço com os pais e com o irmão; estavam sempre juntos; durante bom tempo, ele era parceiro do pai no trabalho, que hoje tem que buscar força para continuar fazendo aquilo que antes compartilhava com Yuri. O Allan, seu irmão deixou de ter seu maior companheiro e confidente. Dar prosseguimento a sua vida profissional tornou-se tarefa pesada demais. Exímio técnico de som, apesar de desempenhar atividade econômica rentável com o próprio esforço morava com os pais e buscava sempre contribuir em casa.
RENAN tinha apenas 23 anos. Segundo seus pais, Tania e Paulo, era um rapaz muito responsável , exemplar, contribuía com seu trabalho nas despesas da casa, tinha um grande sonho que era trabalhar com a produção musical, tendo abdicado de uma carreira como bancário. Fazia 4 meses que estava trabalhando na WDB e ele estava sendo orientado pelo Yuri nas técnicas de Áudio. Filho querido , um exemplo !
Agora tramita na Justiça dos Homens A NOSSA AÇÃO.
Sr.Roberto Civita, 3 profissionais MORRERAM na sua CASA, Espaço Cultural Veja Campos do Jordão , sem o mínimo de respeito à VIDA deles , de seus Familiares e amigos.
Três profissionais que dedicaram suas vidas para fazer acontecer o SEU EVENTO da Editora ABRIL, acima de qualquer coisa, suportando o frio, as pressões, a falta de abrigo, a segurança o que lhes custou a própria VIDA.
Buscamos na Justiça o julgamento exemplar, para que não fique à Luz da Impunidade esse fato.
A tragédia que não quer Calar !
TEMOS FÉ EM DEUS , E ROGAMOS A SUA IMENSA LUZ, INSPIRAÇÃO, FORÇA E PROTEÇÃO PARA SEGUIRMOS A NOSSA MISSÃO !
26/07/2010- Manifesto no Capivari , CAMPOS DO JORDÃO, pelo Respeito a Vida e ao Meio Ambiente,
Familiares e amigos no domingo 25 de julho de 2010, manifestaram-se na praça do Capivari para compartilhar com a Sociedade a História da trágica mortes dos seus entes queridos dentro do Espaço Veja organizado pela Editora Abril, sem Alvará em 2009.
Na edição do evento deste ano ( 2010 ) a Editora Abril repete a história de negligencia , pois iniciou sua atividade em 02 de Julho de 2010 sem Alvará, o que configura uma atividade Não autorizada pelo Poder Público.
O alvará só foi expedido pela Prefeitura em 21 de julho de 2010 tendo como base em um parecer técnico Florestal do DEPRN (Departamento de Proteção dos Recursos Naturais), datado de 2005, que tinha validade programada para a temporada exclusiva de 2005, e tendo em vista que o evento em questão é temporário , a licença ambiental teria que ser renovada perante a CETESB (que passou a exercer as atividades do DEPRN) anualmente, o que não foi feito.
Assim o alvará foi concedido pela Prefeitura de Campos do Jordão sem a necessária intervenção do Órgão Ambiental, o que lhe retira a legitimidade e legalidade.
Apesar de ter sido denunciado junto ao Ministério Público (MP) em 08 de julho de 2010 pelo pai do Yuri, este fato , malgrado toda a ilegalidade o evento seguiu seu curso até o moemento , sem a intervenção dos órgãos competentes.
Lamentamos que o MP não intente ação civil pública para apuração dos responsáveis , porque ele mesmo acredita não haver impacto ambiental. ( mudo de idéia perante outros despachos realizados na mesma cidade recentemente ). O que é um absurdo evidentemente, pois não cabe ao MP descaracterizar o que seja área de preservação permanente, o que aliás está definida em lei!
Quanta ilegalidade, quanta vergonha, quanta impunidade!
Marcando um Ano do falecimento dos três jovens, o Manifesto seguiu-se até o Espaço Veja São Paulo, onde os familiares e amigos rezaram por seus entes queridos, e depositaram flores sob os olhares perplexos dos turistas que freqüentam o lugar .
O PALCO CHEVROLLET CAIU
26/07/2010- Manifesto no Capivari , CAMPOS DO JORDÃO, pelo Respeito a Vida e ao Meio Ambiente,
Familiares e amigos no domingo 25 de julho de 2010, manifestaram-se na praça do Capivari para compartilhar com a Sociedade a História da trágica mortes dos seus entes queridos dentro do Espaço Veja organizado pela Editora Abril, sem Alvará em 2009.
Na edição do evento deste ano ( 2010 ) a Editora Abril repete a história de negligencia , pois iniciou sua atividade em 02 de Julho de 2010 sem Alvará, o que configura uma atividade Não autorizada pelo Poder Público.
O alvará só foi expedido pela Prefeitura em 21 de julho de 2010 tendo como base em um parecer técnico Florestal do DEPRN (Departamento de Proteção dos Recursos Naturais), datado de 2005, que tinha validade programada para a temporada exclusiva de 2005, e tendo em vista que o evento em questão é temporário , a licença ambiental teria que ser renovada perante a CETESB (que passou a exercer as atividades do DEPRN) anualmente, o que não foi feito.
Assim o alvará foi concedido pela Prefeitura de Campos do Jordão sem a necessária intervenção do Órgão Ambiental, o que lhe retira a legitimidade e legalidade.
Apesar de ter sido denunciado junto ao Ministério Público (MP) em 08 de julho de 2010 pelo pai do Yuri, este fato , malgrado toda a ilegalidade o evento seguiu seu curso até o moemento , sem a intervenção dos órgãos competentes.
Lamentamos que o MP não intente ação civil pública para apuração dos responsáveis , porque ele mesmo acredita não haver impacto ambiental. ( mudo de idéia perante outros despachos realizados na mesma cidade recentemente ). O que é um absurdo evidentemente, pois não cabe ao MP descaracterizar o que seja área de preservação permanente, o que aliás está definida em lei!
Quanta ilegalidade, quanta vergonha, quanta impunidade!
Marcando um Ano do falecimento dos três jovens, o Manifesto seguiu-se até o Espaço Veja São Paulo, onde os familiares e amigos rezaram por seus entes queridos, e depositaram flores sob os olhares perplexos dos turistas que freqüentam o lugar .
O PALCO CHEVROLLET CAIU
Como podemos ver ao fundo desta foto que a árvore danificou o muro e provávelmente o palco Chevrollet.Os turistas frequentaram o Espaço Cultural Veja sobre o risco eminente, 12 metros de muro cairam e 16 árvores foram cortadas.
SANTANDER JÁ SE POSICIONOU QUANTO AO CASO.
São Paulo,21 de julho de 2010
À Angela Margarida Tosi de Freitas
Prezada Senhora,
Acusamos o recebimento de sua correspondência do dia oito de julho passado que mereceu nossa especial atenção.
Em relação aos fatos apontados, ressaltamos que na época dos acontecimentos fomos solidários e somos. Consideramos que o Banco é constituido por pessoas que constroem e dão vida a empresa ficamos chocados e tristes com o acidente ocorrido.
Esclarecemos que quando participamos de congressos, feiras e eventos obedecemos a todos preceitos legais, com princípios e valores éticos, e exigimos isso também de nossos fornecedores.
O nosso departamento jurídico está acompanhando de perto o assunto, daremos total apoio às investigações e esclarecimentos dos fatos e aguardaremos as decisões legais cabíveis.
Atenciosamente,
Banco Santander ( Brasil ) SA
Assassoria Presidência e Imprensa
Armando R. S. do Prado
BLOG POSTADO POR ROGÉRIO FREITAS -
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EMAIL: rhofreitas@gmail.com
AGRADECEMOS O APOIO DE TODOS .